domingo, 22 de novembro de 2009

Obras Essenciais para Formação Cinematográfica do Professor

Após algumas observações feitas ao longo de minha prática como educador, percebo que grande parte dos profissionais da educação desconhecem de maneira ampla as possibilidades do trabalho com o cinema em sala de aula. Em parte isso deve-se ao fato de que quando estão em processo de formação nas universidades, os acadêmicos muitas vezes não têm acesso à disciplinas que os capacite eficazmente para trabalhar com cinema. Desse modo, indico algumas obras que ao meu entender são essenciais para o aprimoramento em cultura cinematográfica por parte do professor.

"Como Usar o Cinema em Sala de Aula" de Marcos Napolitano
"Cinema e Educação" de Rosália Duarte
"Formando Leitores de Telas e Textos" de Anderson Higino, Clarisse Barbosa e Maria Antonieta Pereira
"Introdução à Teoria do Cinema" de Robert Stam
"O Discurso Cinematográfico" de Ismail Xavier

sábado, 21 de novembro de 2009

Meus Alunos na Fundação Fé e Alegria em Sessão de Cinema no Montes Claros Shopping Center

No dia 31 de maio deste ano alguns alunos que frequentaram a oficina de Literatura e Cinema que desenvolvi no primeiro semestre, visitaram os cinemas do Montes Claros Shopping Center com o objetivo de assistirem ao filme "Uma Noite no Museu 2". Além disso, tendo em vista que os participantes da oficina tiveram em formação em cinema por vários meses, foi salutar a assistência de um filme em uma sala de cinema propriamente dita para que várias questões discutidas em sala de aula pudessem ser experienciadas por eles.
A maioria dos 12 jovens que lá estiveram têm poucas oportunidades de frequentarem salas de cinema. Houve uma criança que nunca tinha estado no cinema e ficou encantado com o tamanho das imagens que eram projetadas na tela. O facínio provocado pelo cinema sobre as crianças e jovesn fica claramente expresso nas fotos que foram feitas. Confiram-nas no slideshow!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cenas Grotescas no Cinema

Qual a cena mais grotesca vista por você em um filme? Descreva a cena e mencione o filme do qual ela faz parte.

Os Piores Filmes já Produzidos

Muitos são os ótimos filmes existentes no mercado cinematográfico, mas a quantidade daqueles de má qualidade não fica para trás. Pense em uma lista de 10(dez) nomes e publique-a aqui.

Os Melhores Filmes já Produzidos

Quais os melhores filmes já produzidos até hoje pela indústria do cinema mundial? Pense em no máximo 10(dez) nomes e compartilhe-os conosco.

Algumas sessões de cinema marcam nossas vidas para sempre...

O cinema, por ser uma arte que mescla várias linguagens como a fotografia, a música e a escrita, só para citar algumas, tem um poder significativo múltiplo capaz de atingir muito imdediatamente os seus objetivos comunicativos. Trata-se de uma linguagem quase que auto-explicativa. É por isso que quando se assiste a qualquer tipo de filme, até mesmo àqueles classificados como medíocres pelos grandes críticos de cinema, é impossível finalizar sua assistência sem pelo menos ter obtido qualquer informação significatica ou sentido uma emoção pungente. Já ouvi muitos experts no assunto dizerem, inclusive roteiristas, que o verdadeiro bom filme é aquele que cativa o expectador nos primeiros dez minutos de projeção; outros dizem que o bom filme é aquele que faz o expectador rir ou chorar. Como se pode perceber, o cinema está muito ligado à emoção. Entretanto, não me refiro às falsas emoções, às representações as quais os homens contemporâneos são preparados para reproduzirem a partir dos padrões impostos pela sociedade. Refiro-me às emoções reais, ao que é sentido aqui e agora, sem a vergonha de ser feliz com a realidade alheia. Esta é para mim a grande magia do cinema e que tem encantado plateias vastas há muitos e muitos anos. Com relação à isso, sinto-me quase na obrigação de mencinar uma fantástica experiência que tive ainda no início deste ano quando estive no cinema para assistir a um dos últimos filmes do grande diretor Clint Eastwood e estrelado por Angelina Jolie chamado "A Troca". Lá estava eu sentado sozinho como de costume em uma das poltronas no fundo da sala(na maioria das vezes vou ao cinema sozinho), quando passados mais de sessenta minutos de exibição, senti-me compelido a virar-me para o lado e observar uma senhora ao meu lado esquerdo que estava acompanhada com uma adolescente que possivelmente deveria ser sua sobrinha. Tive minha atenção roubada pelo suave som de seus soluços incontroláveis e pelas lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Tudo isso era seguido pelo som de sua voz dizendo "Ah, meu Deus! Não façam isso com ela...", ao dialogar com alguns homens que maltratavam a personagem da mãe que teve o seu filho sequestrado e assassinado no filme. Foi algo realmente fantástico que nunca havia presenciado antes em toda minha vida. Uma expectadora chorando e ao mesmo tempo enxugando suas lágrimas com um lenço que trazia em sua mão. Na verdade, ela era uma expectadora que se deixou ser conduzida tão intensamente pelo filme o qual obteve total controle sobre ela. A realidade da sala de exibição deixou de existir para dar espaço à outra que estava ali representada pela projeção. Tudo era tão intenso que a expectadora dialogava com o filme como se ele fosse real. Ironicamente, enquanto ela observava o filme, mal sabia ela que estava sendo observada por mim. Penso que aquilo que aconteceu com a expectadora em questão representa muito bem o verdadeiro sentido do filme, atingir emocional e significativamente os seres humanos para enfim poder transformá-los para melhor. A partir de então, passei a observar bem discretamente o comportamento das pessoas em geral no cinema. Às vezes é muito interessante e louco ser um pouco voyer no cinema, mas quem não o é no momento em que assiste ao filme?
Partindo desses relatos, que tal vocês também postarem relatos sobre uma sessão de cinema diferente que você experimentou? Está lançado o convite! Aproveite!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"O Clube do Filme", uma obra para guardar na memória

Há alguns meses tive a grande sorte de o livro "O Clube do Filme" publicado neste ano, do escritor canadense David Gilmour me encontrar por acaso em uma das livrarias da cidade de Montes Claros. Não pude resistir imediatamente após ler a sua sinopse e tive de comprá-lo. Foi paixão à primeira vista. Quando se trata de obras literárias é assim, ou você ama ou odeia.
O livro é um relato do autor sobre a experiência que teve com o seu filho que segundo ele apresentava um comportamento de rebeldia frente à vida. Ao tentar lidar com tal situação, o pai do rapaz  faz uma proposta a ele para que se não quisesse frequentar os bancos da escola, poderia ficar em casa, mas a partir daquele dia teria que cumprir a obrigação de assistir e discutir um determinado número de filmes semanalmente com seu pai. O certo é que o leitor parte em direção a uma viagem para a qual não se quer chegar a lugar nenhum, apenas seguir os personagens que ficam por ali na sala ou no quarto a discutir os dramas vividos ao longo da vida. Tudo com certeza mesclado a muito cinema de qualidade. Vale a pena comferir essa obra.

domingo, 15 de novembro de 2009

Jovens no Cinema

No dia 31 de maio deste ano alguns alunos que frequentaram a oficina de Literatura e Cinema que desenvolvi no primeiro semestre na Fundação Fé e Alegria do Brasil, visitaram os cinemas do Montes Claros Shopping Center com o objetivo de assistirem ao filme "Uma Noite no Museu 2". Além disso, tendo em vista que os participantes da oficina tiveram em formação em cinema por vários meses, foi salutar a assistência de um filme em uma sala de cinema propriamente dita para que várias questões discutidas em sala de aula pudessem ser experienciadas por eles.
A maioria dos 12 jovens que lá estiveram têm poucas oportunidades de frequentarem salas de cinema. Houve uma criança que nunca tinha estado no cinema e ficou encantado com o tamanho das imagens que eram projetadas na tela. O facínio provocado pelo cinema sobre as crianças e jovens fica claramente expresso nas fotos abaixo. Confira!








Oficinas de Literatura e Cinema - Um Relato de Experiência

No primeiro semestre deste ano de 2009 foi desenvolvi na Fundação Fé e Alegria do Brasil uma oficina de Literatura e Cinema para os educandos atendidos, moradores dos bairros Carmelo, Independência e adjacências. O objetivo foi estimular a leitura crítica dos participantes para que eles deixem de ser passivos frente às muitas telas e textos que a eles se apresentam diariamente, principalmente através da televisão com sua programação ininterrupta e do cinema que adentra com muita facilidade os lares dos adolescentes e jovens através das lojas espalhadas por vários bairros da cidade de Montes Claros que oferecem cópias de DVD's piratas vendidos a preços muito acessíveis.
No decorrer do desenvolvimento dos trabalhos os educandos estudaram vários temas relacionados à sétima arte como: a história do cinema desde os seus primórdios com a câmara escura, a linguagem e os planos cinematográficos, as correntes cinematográficas, os gêneros cinematográficos e suas principais características, os processos de produção por que passa um filme até chegar às salas de exibição, a técnica do roteiro e outros que também se fizeram pertinentes. Além disso, foram disponibilizados momentos de assistência crítica a filmes que fugissem do circuito comercial ou dos padrões hollywoodianos como "Cinema Paradiso" (1988) de Giuseppe Tornatore e "A Noite Americana", filme de 1973 do talentoso cineasta francês François Truffaut que é considerado um dos maiores representantes da Nouvelle Vague.
Vale destacar também que os educandos estudaram o fenômeno da transposição que pode ocorrer de um meio para outro, ou seja, uma obra literária pode ser ser adapatada para o cinema por um diretor que simplesmente se apaixona pela obra. Para representar esse fenômeno foram estudados filmes como "Os Pássaros" (1963), de Alfred Hitchcock, "As Horas" (2002), de Stephen Daldry, "Desventuras em Série" (2004) de Brad Silberling e "O Menino do Pijama Listrado" (2008) de Mark Herman. Além desses, um filme teve maior trato pelos alunos porque a maioria das crianças identificam-se com o seu principal personagem. O filme em questão é uma adaptação musical da obra "O Pequeno Príncipe" de Antoine De Saint-exupery feita pelo diretor Stanley Donen em 1974. Antes de assistirem ao filme os educandos leram a obra e compararam com o filme, ou seja, fizeram uma leitura comparativa entre as linguagens literária e cinematográfica. Como resultado desse trabalho, foi produzida uma adpatação da obra a partir de um roteiro escrito por mim. Os educandos se envolveram nos trabalhos, uma vez que cada um tinha uma função específica na produção. Entretanto, no que se refere à construção dos cenários, todos tiveram que cooperar para que o filme pudesse ser exibido no dia da mostra que realizamos semestralmente para a comunidade atendida pela Fundação Fé e Alegria.
Confira as fotos no slideshow!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O texto cinematográfico como possibilidade de leitura na sala de aula de língua e literatura portuguesa

O Ensino de Língua Portuguesa está voltado para o trabalho com os diversos gêneros textuais existentes em circulação na sociedade. Portanto, é de fundamental importância que o professores também levem para a sala de aula o gênero textual filme de ficção (não considero o filme documentário porque este é destituido do caráter onírico e fantasioso do cinema de ficção) como recurso pedagógico em potencial.
A partir do que foi colocado, como vocês analisam as possibilidades de trabalho com esse gênero textual em sala de aula? Se possível, gostaria que vocês apresentassem sugestões de trabalho em que levem em conta que o texto cinematográfico pode por si só suscitar discussões ricas e não simplesmente servir como complemento de outros textos mais clássicos como os literários por exemplo.


Meus Filmes Favoritos

  • 21 Gramas
  • A Lista de Schindler
  • Adaptação
  • Amores Brutos
  • Babel
  • Desejo e Reparação
  • Edward Mãos de Tesoura
  • Lendas da Paixão
  • Menina de Ouro
  • O Labirinto do Fauno
  • O Resgate do Soldado Ryan
  • Os Infiltrados
  • Quero Ser John Malkovich
  • Sobre Meninos e Lobos
  • Tomates Verdes e Fritos

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Meu nome é Lauro Sérgio Machado Pereira, tenho 26 anos e sou professor de Língua Inglesa. Sou bastante acessível e carismático com as pessoas que necessitam de mim. Sou fascinado pela arte cinematográfica cujo acesso me foi negado muitas vezes quando ainda era criança. Entretanto, hoje tenho a oportunidade de partilhar com os outros a minha paixão pelo cinema e os benefícios que ele proporciona aos seres humanos em geral. Espero com este blog poder contribuir com o conhecimento daqueles que porventura venham a ser seus seguidores.