sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Algumas sessões de cinema marcam nossas vidas para sempre...

O cinema, por ser uma arte que mescla várias linguagens como a fotografia, a música e a escrita, só para citar algumas, tem um poder significativo múltiplo capaz de atingir muito imdediatamente os seus objetivos comunicativos. Trata-se de uma linguagem quase que auto-explicativa. É por isso que quando se assiste a qualquer tipo de filme, até mesmo àqueles classificados como medíocres pelos grandes críticos de cinema, é impossível finalizar sua assistência sem pelo menos ter obtido qualquer informação significatica ou sentido uma emoção pungente. Já ouvi muitos experts no assunto dizerem, inclusive roteiristas, que o verdadeiro bom filme é aquele que cativa o expectador nos primeiros dez minutos de projeção; outros dizem que o bom filme é aquele que faz o expectador rir ou chorar. Como se pode perceber, o cinema está muito ligado à emoção. Entretanto, não me refiro às falsas emoções, às representações as quais os homens contemporâneos são preparados para reproduzirem a partir dos padrões impostos pela sociedade. Refiro-me às emoções reais, ao que é sentido aqui e agora, sem a vergonha de ser feliz com a realidade alheia. Esta é para mim a grande magia do cinema e que tem encantado plateias vastas há muitos e muitos anos. Com relação à isso, sinto-me quase na obrigação de mencinar uma fantástica experiência que tive ainda no início deste ano quando estive no cinema para assistir a um dos últimos filmes do grande diretor Clint Eastwood e estrelado por Angelina Jolie chamado "A Troca". Lá estava eu sentado sozinho como de costume em uma das poltronas no fundo da sala(na maioria das vezes vou ao cinema sozinho), quando passados mais de sessenta minutos de exibição, senti-me compelido a virar-me para o lado e observar uma senhora ao meu lado esquerdo que estava acompanhada com uma adolescente que possivelmente deveria ser sua sobrinha. Tive minha atenção roubada pelo suave som de seus soluços incontroláveis e pelas lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Tudo isso era seguido pelo som de sua voz dizendo "Ah, meu Deus! Não façam isso com ela...", ao dialogar com alguns homens que maltratavam a personagem da mãe que teve o seu filho sequestrado e assassinado no filme. Foi algo realmente fantástico que nunca havia presenciado antes em toda minha vida. Uma expectadora chorando e ao mesmo tempo enxugando suas lágrimas com um lenço que trazia em sua mão. Na verdade, ela era uma expectadora que se deixou ser conduzida tão intensamente pelo filme o qual obteve total controle sobre ela. A realidade da sala de exibição deixou de existir para dar espaço à outra que estava ali representada pela projeção. Tudo era tão intenso que a expectadora dialogava com o filme como se ele fosse real. Ironicamente, enquanto ela observava o filme, mal sabia ela que estava sendo observada por mim. Penso que aquilo que aconteceu com a expectadora em questão representa muito bem o verdadeiro sentido do filme, atingir emocional e significativamente os seres humanos para enfim poder transformá-los para melhor. A partir de então, passei a observar bem discretamente o comportamento das pessoas em geral no cinema. Às vezes é muito interessante e louco ser um pouco voyer no cinema, mas quem não o é no momento em que assiste ao filme?
Partindo desses relatos, que tal vocês também postarem relatos sobre uma sessão de cinema diferente que você experimentou? Está lançado o convite! Aproveite!

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Meu nome é Lauro Sérgio Machado Pereira, tenho 26 anos e sou professor de Língua Inglesa. Sou bastante acessível e carismático com as pessoas que necessitam de mim. Sou fascinado pela arte cinematográfica cujo acesso me foi negado muitas vezes quando ainda era criança. Entretanto, hoje tenho a oportunidade de partilhar com os outros a minha paixão pelo cinema e os benefícios que ele proporciona aos seres humanos em geral. Espero com este blog poder contribuir com o conhecimento daqueles que porventura venham a ser seus seguidores.